Caminha ao lado de todos
e nunca é percebida
Pode nos levar a qualquer hora
Das trajetórias dos vivos é a senhora
O abraço do vento frio
nos castiga e regozija
Trabalha em equipe com os saprófagos
entregando-lhes os corpos
e com ela levando as almas
Tempo é seu fiel companheiro
que também nos acompanha
No decorrer do caminho inteiro
ele nos dá rugas,
às vezes nem estes sinais.
A adúltera esposa nos beija
e depois dos nossos lábios
nem quer saber mais
Deste beijo todos fogem.
Ela prefere roubá-lo,
pois quando é procurada
geralmente fica desapontada,
mas não descarta a oferta.
Este ser é a dama da morte
que percorre o mundo
do sul ao norte
A maioria nunca a espera,
porém a todos acerta,
trazendo o alívio
ou então o tormento.
Muito prazer,
eu sou a Foice dos Ventos.
Poema bem antigo...
Homenagem a Peter Steele (04/01/1962 a 14/04/2010)
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