quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A indústria do amor

Músicas melosas com letras açucaradas
Poemas com doces palavras
Traduzindo longos suspiros
Misturados com o desejo
Corações e cupidinhos
no imaginário popular
Crianças que nem saíram das fraldas
confundindo o desejar com o amar

Todos tentam definir o amor
Como se fossem os donos da verdade
A idealização virou definição
O ser humano duro e frio como um rocha
Desdenha de tudo e transforma em capital
Conhece somente o que compra e vê
e o mínimo em relação ao que sente

A noite I

Minha madrugada querida
Linda e majestosa se aproxima
O frescor da umidade me acalma
A escuridão me fascina
O silêncio me inspira
Sou a poeta da noite!

A noite inspira os romancistas
e aos malditos também
Alegria dos boêmios
Preocupação das suas famílias
A noita a alguns transforma
e a outros, transtorna

Da noite surgem vários frutos
Entre risadas e feridas
resultantes da atividade ébria
Também surgem outros frutos
que trazem a alegria
ou a morbidez de um aborto

Enquanto muitos dormem
Outros despertam
Voando nas asas da farra
das luzes, das festas

Com a chegada do dia
tudo fica igual
O trabalho e as obrigações
Tudo volta ao comumente normal.