quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pôr do sol


E o sol se pôs
Encerrando a parte clara do dia
Agora a noite inicia...

Para muitos é a parte amena
E mais aguardada do conjunto
Das prolongadas
Ou curtas
Vinte e quatro horas

Aconchego da escuridão
Ou o mais doloroso açoite
Da impiedosa dama da noite?

Depende do ponto de vista...

Tensão


E a angústia de instala no ambiente
Retendo palavras na minha mente
Mas que adorariam ser liberadas
Gritos contidos não cessam no pensamento
E a ponta da língua a todo instante
Se prepara para articular pronúncias
Que insistem em ficar ocultas
Por trás da calma e tranquilidade
A guerra mental está a todo vapor
Gritos, barricadas, protestos e batalhas
Estão dentro de um corpo paralisado
Em uma cadeira macia e confortável

Derrocada de um castelo


Castelos de areia são desmontados
Com a força das ondas
E dos pés vorazes
As águas beijam delicadamente uma praia lotada
A companhia solitária da multidão
Ignora o micro universo em forma de gente
Onde verdadeiros tsunamis acontecem
Com o passar das horas

Pequenas estrelas deixam de brilhar
Se sufocando na escuridão da mentira
E deixam de viver para viver a vida.