quarta-feira, 14 de abril de 2010

Destruição de uma muralha

Bate forte coração,
pulsa como uma bomba
prestes a explodir!
Os lábios estão sempre
intensamente a sorrir,
para disfarçar
o descontentamento.


A explosão é contida
a todo instante,
mas destrói discreta e
milimetricamente...
O muro de contenção
está virando pó
e será desfeito,
resultando em partículas
mínimas e invisíveis,
propagadas ao esquecimento.


Não há muralha
que consiga proteger
da força sobrenatural
da raiva reprimida,
da lágrima não derramada,
da vingança adiada
e do eterno escape
chamado poesia.

Um comentário:

  1. Nossa! Visito blogs e tenho que dizer que me identifiquei com seu blog por um motivo muito simples: também tenho meus cadernos, nos quais escrevo há anos, e só esse ano tomei coragem para atender o que a minha expressão me pediu: EXPANSÃO!
    Meus versos pediram mais do que as linhas do caderno. E hoje tenho um blog também. Se puder, visite! Poderemos trocar impressões e expressões ;)

    http://oourodamiseria.blogspot.com/

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